Por Bispo José Elias, 11/11/2012
“Tenho nojo de mim, sou detestável, achava que era perfeito, mas me arrependo no pó e na cinza.”
Então parou o sofrimento! Foram meses muito difíceis! Foram 9 meses, dizem os estudiosos, de perdas e doenças, de choros e gemidos, de feridas e cacos de telha. Foram-se os filhos, os bens, a saúde, os amigos, as festas, o culto, as orações... Só ficou a pergunta: Por quê?
Todos sabiam que ele era bom, justo, reto e se desviava do mal. Todos conheciam seu modo de viver exemplar, que pedia perdão pelos filhos, mesmo sem saber se haviam errado. O diabo achava que ele era justo por causa do que ganhava de Deus, mas não era por isto. Deus sabia que ele vivia de maneira justa.
Os amigos acharam que ninguém sofria tanto sem uma causa e Deus se irou contra eles. Acusaram a Jó em todo o tempo. Jó se defendia de todas as acusações, a esposa o achava “crente” demais. Eliú questionou se ele se achava mais justo que o Senhor.
Ele pergunta tanto que Deus o responde!
E quando, de verdade, ele ouve a voz de Deus, cai em si, e vê de fato a si mesmo detestável. Vê suas falhas e seu pecado, vê-se abominável e talvez, pela primeira vez, se arrepende de verdade. Desce ao pó, cobre-se de cinza, se humilha, diz que perguntava sem entendimento, confessa que só conhecia Deus de ouvir falar e agora enxerga o Todo Poderoso.
Foi só abrir mão de verdade da auto-justiça, que o Senhor mandou os 3 amigos mais errados que ele procurá-lo e fazer um sacrifício, mandou Jó orar por eles e então, Deus mudou o sofrimento de Jó em vitórias. Teve o dobro do que perdeu, menos a esposa é claro. Filhos também Deus lhe deu a mesma quantidade (mais bonitos, parece) mas bens e riquezas, foi tudo em dobro.
Porque não se arrepender mais rápido?
Porque não se enxergar abominável aos olhos do Senhor antes de sofrer tanto? Essa auto-justiça faz muita gente sofrer!
Eu me abomino!
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